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Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos
Definição
O estreptococo de garganta é causado por bactérias Streptococcus
do grupo A. É a infecção bacteriana de garganta mais comum.
Nomes alternativos
Faringite estreptocócica
Causas, incidência e fatores de risco
Foto: ADAM
Estreptococo de garganta
O estreptococo de garganta é mais comum em crianças
entre 5 e 15 anos, embora possa ocorrer em crianças mais novas e em adultos.
As crianças com menos de 3 anos podem contrair
infecções por estreptococo, mas elas geralmente não afetam a garganta.
O estreptococo de garganta é mais comum no final do
outono, no inverno e no começo da primavera. A infecção se propaga de pessoa a
pessoa por meio de secreção nasal ou saliva, frequentemente entre membros da
família.
Existem muitos cepas de estreptococos. Algumas delas
podem provocar a erupção da escarlatina. Essa erupção é considerada uma reação
alérgica às toxinas produzidas pelo estreptococo.
Em raras ocasiões, o estreptococo de garganta pode
levar à febre reumática caso não seja tratado. O estreptococo de garganta
também pode causar uma complicação renal rara.
Sintomas
O estreptococo de garganta pode ser muito leve, com
somente alguns sintomas, ou pode ser grave. Geralmente, as pessoas com
estreptococo de garganta ficam doentes de 2 a 5 dias depois de serem expostas à
bactéria que causa a doença.
Foto: ADAM
As estruturas da garganta incluem o esôfago, a
traqueia, a epiglote e as amígdalas
Em geral, os sintomas aparecem subitamente e podem
incluir:
Febre que
começa subitamente e que, muitas vezes, é mais alta no segundo dia
Garganta vermelha, algumas vezes com placas brancas
Dor de garganta
Dor de cabeça
Dor de estômago
Náuseas
Calafrios
Desconforto geral, ansiedade ou mal-estar
Perda de apetite e paladar anormal
Linfonodos do pescoço inchados e sensíveis
Dificuldade para engolir
Algumas cepas do estreptococo de garganta podem
provocar uma erupção similar ao da escarlatina. Essa erupção é considerada uma
reação alérgica às toxinas produzidas pelo estreptococo.
Exames e testes
Um exame rápido pode ser realizado em quase todos os
consultórios médicos, mas não detecta alguns casos. Uma superfície da garganta
pode ser examinada (cultura) para verificar o crescimento de estreptococos.
Porém, o resultado demora de um a dois dias.
Se o resultado do teste rápido for negativo, ele pode
ser seguido por uma cultura, para detectar todos os casos que podem ter
escapado. Em geral, são mais necessárias em crianças.
Tratamento
Lembre-se que a maior parte das dores de garganta é
causada por vírus, e não pelo estreptococo. As dores de garganta somente devem
ser tratadas com antibióticos se o resultado do exame de estreptococo for
positivo. O estreptococo não pode ser diagnosticado precisamente por sintomas
ou simplesmente pelo exame físico.
Mesmo que o estreptococo de garganta geralmente
melhore sozinho, são receitados antibióticos para prevenir complicações raras,
mas mais graves, como a febre reumática.
A penicilina ou a amoxicilina são tradicionalmente
recomendadas e continuam sendo eficazes. Existe uma resistência relatada à
azitromicina e a antibióticos associados.
Os antibióticos devem ser tomados por 10 dias
completos, apesar de que, em geral, os sintomas desapareçam em alguns dias.
A maioria das dores de garganta desaparece
rapidamente. Enquanto isso, os seguintes recursos podem ajudar:
Gargarejos várias vezes ao dia com água morna e sal (1/2 colher de chá em uma xícara
de água)
Beba líquidos frios ou chupe picolé para aliviar a dor
de garganta
Chupe balas ou pastilhas para a garganta. Eles são,
muitas vezes, tão eficazes quanto outros medicamentos mais caros, mas não devem
ser usados em crianças devido ao risco de asfixia
Use um vaporizador ou umidificador de vapor frio para
hidratar e suavizar a garganta seca e dolorosa
Experimente analgésicos de venda livre como o
paracetamol. NÃO dê aspirina a crianças
Evolução (prognóstico)
O prognóstico provável é bom. Quase todos os sintomas
se solucionam em uma semana. O tratamento previne complicações sérias
associadas a infecções por estreptococo.
Complicações
Em raras ocasiões, o estreptococo de garganta pode
levar à febre reumática caso não seja tratado. O estreptococo de garganta
também pode causar uma complicação renal rara, chamada glomerulonefrite
pós-estreptocócica.
Mastoidite
Abscesso peritonsilar
Febre reumática
Glomerulonefrite
Escarlatina
Ligando para o médico
Consulte seu médico se você desenvolver os sintomas do
estreptococo de garganta, independentemente de achar ou não que foi exposto a
alguém com a doença. Além disso, consulte se estiver sendo tratado por causa do
estreptococo de garganta e não estiver se sentindo melhor em até 24 a 48 horas.
Prevenção
A maioria das pessoas com estreptococos transmite a
doença até que tenham sido tratadas com antibiótico durante 24 a 48 horas.
Portanto, elas devem ficar em casa e não ir à escola, à creche ou ao trabalho
até que tenham tomado antibiótico por pelo menos um dia.
Compre uma escova de dentes nova quando não tiver mais
risco de transmitir a doença, mas antes de terminar os antibióticos. Caso
contrário, a bactéria pode permanecer na escova de dentes e reinfectá-lo quando
terminarem os antibióticos. Além disso, mantenha à parte as escovas de dente e
os utensílios de seus familiares, a menos que tenham sido lavados.
Se ocorrerem repetidos casos de estreptococo na sua
família, você pode verificar se alguém é portador do estreptococo. Os
portadores têm o estreptococo na garganta, mas não adoecem com as bactérias. Às
vezes, tratá-los pode evitar que outras pessoas da família contraiam
estreptococo de garganta.
http://saude.ig.com.br/minhasaude/enciclopedia/estreptococo-de-garganta/ref1238131593759.html
Referências
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streptococcal pharyngitis in children. Cochrane Database of Systematic
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This article uses information by permission from Alan
Greene, M.D., © Greene Ink, Inc.
Atualizado em 31/8/2011, por: A.D.A.M. Editorial Team:
David Zieve, MD, MHA, and David R. Eltz. Previously reviewed by Linda J.
Vorvick, MD, Medical Director, MEDEX Northwest Division of Physician Assistant
Studies, University of Washington, School of Medicine (2/12/2011).